domingo, 24 de agosto de 2014
ACIDENTE AÉREO OU ATENTADO POLÍTICO ?
ACIDENTE AÉREO OU ATENTADO POLÍTICO ?
Jenyberto Pizzotti
Como todos os brasileiros, fiquei surpreso e um pouco chocado com o acidente aéreo que vitimou o candidato a presidente Eduardo Campos e os demais ocupantes do avião Cessna 560XL, prefixo PR-AFA na fatídica manhã de 13 de agosto. Recebi a notícia no Uruguai, através dos canais de tv uruguaios (que divulgaram antes mesmo da mídia brasileira), então o impacto foi maior, pois dizia algo trágico do meu amado Brasil.
Como todos os brasileiros, mil ideias veio a cabeça nesse momento... foi um simples acidente ? foi um atentado político ? e agora, o que vai acontecer no Brasil ?
Como sempre acontece nessas ocasiões, imediatamente e com o poder de transmissão instantânea de mensagens através da Internet e Redes Sociais, muitas “teorias da conspiração” são criadas e veiculadas. Paixões ideológicas, como todas as paixões, sempre subjetivas e irracionais, servem para investigar, julgar e condenar, sem nenhuma base racional e científica, pessoas e organizações.
E assim aconteceu. Dilma, Lula e o PT foram imediatamente acusados de conspiração e foram responsabilizados pelo acidente que tirou Eduardo Campos da disputa presidencial. Como dizem... “um prato cheio” para os opositores do atual governo.
Votei em Lula e no PT em duas ocasiões, mas como muitos, me decepcionei com os rumos e com as ações das lideranças petistas que transformaram o sentimento de esperança de milhões de brasileiros em sentimentos de vergonha e revolta nacional. Assim, como milhões de brasileiros descontentes com esse governo, meu primeiro impulso foi realmente pensar em atentado político, ideia essa que minha racionalidade logo transformou em fantasia, pois Eduardo Campos era praticamente desconhecido para mim e, até onde eu sabia, Eduardo Campos nada representava como ameaça a candidatura e reeleição de Dilma Rouseff.
A curiosidade me fez então pesquisar melhor o assunto e são essas as informações que obtive.
UMA PESQUISA POUCO DIVULGADA
Nas eleições presidenciais de 2010, foram as regiões Norte e Nordeste que garantiram a vitória de Dilma Rouseff. Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, Dilma conseguiu 33,2 milhões de votos contra 32,9 milhões de Serra. A diferença foi de 275.124 votos. Entretanto, nas regiões Norte e Nordeste Dilma obteve 22,4 milhões de votos contra 10,08 milhões de Serra.
Essa diferença de votos no Norte e Nordeste garantiram a vitória incontestável de Dilma Rouseff em 2010, e isso aconteceu devido a diversos fatores, como por exemplo, o apoio do presidente Lula, que na época estava com muita popularidade; o fato de a população do Brasil ainda não ter tomado conhecimento dos fatos que depois viraram grandes escândalos de corrupção; a ainda fraca atuação do ativismo político através da Internet, etc. Mas o fator determinante para a vitória de Dilma, foi que o Norte e Nordeste não tinham em 2010 um líder político candidato a presidente. Para as eleições de 2014 no entanto, um grande líder surgiu no Norte e Nordeste, e o nome desse líder, que se transformou em candidato a presidente da República, era Eduardo Campos.
Em 30 de julho de 2014 uma pesquisa realizada pelo IBOPE/Rede Globo foi, de forma muito estranha, pouco divulgada na mídia nacional. A pesquisa IBOPE com eleitores de Pernambuco mostrou que Dilma Rousseff (PT) e Eduardo Campos (PSB) estavam empatados tecnicamente nas intenções de voto para presidente da República. E esse resultado demonstrou as intenções de voto das regiões Norte e Nordeste, com evidentes projeções da escalada meteórica de Eduardo Campos, que dentro de algumas semanas faria a candidatura de Dilma Rouseff eclipsar no Norte e Nordeste.
Essa pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) sob o número 00012/2014, e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 00269/2014.
Nessa pesquisa Dilma aparece com aproximadamente 41%, e Eduardo Campos com 37%. Considerando a margem de erro de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, Dilma e Eduardo já estavam empatados.
A pesquisa foi realizada entre os dias 26 e 28 de julho. Foram entrevistados 1.204 eleitores em 57 municípios do Estado de Pernambuco.
UMA CAMPANHA METEÓRICA QUE SE TRANSFORMA NUMA AMEAÇA
A campanha de Eduardo Campos ainda contava com o apoio de Marina Silva (que tinha e tem a simpatia de milhares de eleitores das regiões Norte e Nordeste) e, principalmente, as alianças com amplos setores da Indústria, Comércio e com os políticos e empresários do Agronegócio das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, que dariam a campanha a infraestrutura logística e financeira para que Eduardo Campos se transforma-se no maior catalizador da maior derrota na história do Partido dos Trabalhadores (PT) e de seus aliados.
O “PLANO B”
Com o desaparecimento de Eduardo Campos, e a escolha, mais que previamente planejada e evidente, de Marina para sua substituta como candidata a presidência da República, as alianças firmadas com o Centro-Oeste, Sul e Sudeste foram rompidas pela agora candidata a presidente Marina Silva.
É improvável a vitória de Marina sobre Dilma Rouseff, mas por hipótese, se Marina vencer Dilma nas eleições de outubro, nada, absolutamente nada, será alterado no “Establishment”, “Statu quo”, “Nomenklatura”, “Aufklärung” ou “Inteligentizia” dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, hoje controlados de forma hegemônica por um só partido, o PT.
ASPECTOS DE UM CRIME OU O COMPORTAMENTO CRIMINOSO
Em todos os crimes três fatores são estudados e analisados: o Motivo, a Oportunidade e a Predisposição.
Os MOTIVOS para a realização de um crime, vão desde o atendimento de uma necessidade material, psicológica, ou ideológica/política/religiosa de uma pessoa ou organização, ou para garantir a defesa diante de uma ameaça real ou imaginária, até a simples “Vendetta” mafiosa.
As OPORTUNIDADES para a realização de um crime, podem se apresentar em ocasiões não planejadas ou serem criadas, principalmente hoje, nesse mundo cibernético, e principalmente se dispusermos do conhecimento técnico-científico e do poder governamental na manipulação de organizações e da informação da opinião pública através dos meios de comunicação.
As PREDISPOSIÇÕES para a realização de um crime é fácil de ser identificadas. Basta pesquisar e analisar os antecedentes e o “Modus Operandi” do agente criminoso.
UM ACIDENTE MUITO ESTRANHO
Segundo informações do Comando da Aeronáutica, no dia 13 de agosto, o Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, fabricado em 2011 decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino a Base Aérea do Guarujá em São Paulo. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o avião estava com o certificado de aero navegabilidade e a inspeção anual de manutenção em dia.
Na última comunicação feita com a equipe de controle de voo de São Paulo, pouco antes da tentativa de pouso, o piloto Marcos Martins não relatou nenhum problema e parecia calmo.
Por volta das 10h, quando se preparava para o pouso, a aeronave arremeteu, ou traduzindo, abortou o pouso na pista e subiu verticalmente.
Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com o avião.
A visibilidade ao piloto não era perfeita e o jato bimotor estava em descida com vento de cauda, durante chuva. O vento na traseira é desaconselhado para quem pousa, porque pode provocar instabilidade e excesso de velocidade na aeronave, mas esse tipo de avião é projetado para suportar instabilidades climáticas adversas.
Moradores próximos ao local do acidente disseram ter visto o avião a baixa altitude, e já em chamas (algumas testemunhas o descreveram como uma “bola de fogo”) antes de cair de bico no solo.
É importante ressaltar que modelo Cessna 560XL, mesmo com um dos motores (“turbinas”) avariados pode perfeitamente manter o voo em condições básicas até aterrissar.
AS INVESTIGAÇÕES
A investigação das causas do acidente é feita pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) da Aeronáutica, e tem o objetivo de esclarecer os fatores que contribuem para um acidente aeronáutico, e não para apontar culpados e responsabilizá-los criminalmente. Suas conclusões, contudo, costumam ser levadas em conta pelo Ministério Público na hora de denunciar os responsáveis.
A investigação correrá sob sigilo até mesmo do Ministério Público ou da Polícia Federal. O motivo é um decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff antes do acidente, e que determinou o segredo das investigações de acidentes aéreos feitas pela Aeronáutica. O objetivo do decreto é proteger as testemunhas e as informações nas investigações de acidentes aéreos. Mas, proteger de quem ?
A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar se houve homicídio culposo. O Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (DEINTER) de Santos, irá apurar eventual negligência, imperícia ou imprudência, o que pode envolver desde o piloto até problemas de manutenção e defeitos na aeronave. A polícia tem 30 dias para concluir o inquérito, mas pode solicitar mais tempo à Justiça.
A Polícia Federal também investiga se houve imprudência, imperícia ou fatalidade e procura pistas do que pode ter causado o desastre no local do acidente. Uma das missões dos agentes é verificar a possibilidade de atentado.
As investigações no local do acidente foram suficientes para fornecer dados técnicos e científicos ? Equipamentos ultra sofisticados como o SPX-300 Explosive Detector, que é capaz de detectar e identificar traços de explosivos (usados por terroristas) foram usados logo após o ocorrido ?
UMA “CAIXA PRETA” ESTRANHAMENTE SE TRANSFORMA EM “CAIXA BRANCA”
A “caixa-preta” de um avião é constituída de dois mecanismos de gravação: um que só grava áudio e outro que registra os dados da aeronave durante o voo.
O primeiro gravador é denominado Cockpit Voice Recorder (CVR), e grava tudo o que é captado por três microfones: um do comandante, um do copiloto e outro que fica em um painel na parte de cima da cabine, pegando o som ambiente.
O outro gravador, é denominado Flight Data Recorder (FDR), e registra os denominados “parâmetros”, como a velocidade do avião (tanto em relação ao vento quanto ao solo), as posições em que os manetes (alavancas que controlam os motores) são colocados, e o momento em que os botões foram acionados, por exemplo.
Uma boa “caixa-preta” suporta um impacto acima de 13 toneladas. A “carcaça” que protege os componentes eletrônicos é composta de uma liga ultra resistente de titânio e aço. Um material especial protege os componentes do calor. O dispositivo pesa cerca de 4,5 quilos e suporta um impacto de mais de 3 mil vezes esse peso. Resiste por 1 hora a uma temperatura de 1.100 graus centígrados e por 10 horas a 260 graus centígrados. A leitura dos chips de memória contendo dados e gravações digitais é feita por computadores.
As informações das várias partes mecânicas e eletrônicas do avião, assim como as gravações de som da cabine são captadas por sensores sobre a cabine e transmitidas através de cabos específicos e separados (um de áudio e outro de parâmetros) para a “caixa preta” que é colocada na cauda do avião.
A gravação é digital e a capacidade é de 700 parâmetros de informações e 2 horas de áudio.
O modelo da aeronave acidentada só tinha o Cockpit Voice Recorder (CRV), que grava os sons internos da cabine, as conversas entre os pilotos.
O Cockpit Voice Recorder (CRV) começa a gravar logo que o piloto dá partida no motor, de forma automática. Caso o gravador não esteja funcionando, uma luz é ligada alertando o piloto de que existe um problema com o CRV.
A gravação é contínua (nunca para durante o voo, e realiza um “loop” quando a “fita” chega no ‘final”). A gravação registra as 2 horas “finais” dentro da cabine de voo, justamente para auxiliar nas investigações em caso de acidente aéreo.
Por lei, a aeronave não pode decolar se o CRV não estiver funcionando. O CRV deve ser obrigatoriamente checado pelo comandante antes do início do taxiamento.
Existe um “Circuit Breaker”, uma espécie de disjuntor, que permite desligar o Cockpit Voice Recorder (CRV), mas um piloto experiente e honesto não realiza ações operacionalmente incorretas, e o piloto Marcos Martins era extremamente experiente e honesto.
O gravador de voz do Cessna 560XL foi enviado a Brasília e imediatamente encaminhado ao Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo (LABDATA do CENIPA), onde foi iniciado o processo de desmontagem para o acesso à memória interna e avaliação das condições de leitura dos dados.
Na checagem e análise da gravação por técnicos especializados da Aeronáutica foi constatado que o conteúdo da gravação do Cockpit Voice Recorder (CRV) não corresponde as 2 últimas horas do Cessna 560XL e de seus ocupantes, mas sim de um outro voo não identificado.
Resumindo, a “caixa preta” se transformou numa inútil “caixa branca”.
Assim, da mesma forma que não podemos ser levianos e irresponsáveis imputando culpa sem provas, não podemos também simplificar essa tragédia questionando a “falta de sorte” de um político honesto e de um líder que poderia revolucionar e moralizar o Brasil, e muito menos colocar em dúvida a integridade profissional e moral do comandante Marcos Martins, pois tudo está apontando que o que aconteceu com o Cessna 560XL, prefixo PR-AFA no dia 13 de agosto de 2014 não foi um “acidente” ou “fatalidade”, mas sim um ATENTADO POLÍTICO BEM SUCEDIDO com “danos colaterais” (morte de inocentes) como dizemos em operações militares, e esses “danos colaterais” são totalmente desprezados por terroristas.
Nesse momento temos que confiar na imensa capacidade, conhecimento e experiência dos investigadores civis e militares, e sobretudo na integridade moral e amor pelo Brasil desses profissionais, para que esse estranho acidente aéreo seja esclarecido.
O Brasil, mais que nunca, necessita de respostas.
JENYBERTO PIZZOTTI
jenyberto@yahoo.com.br
MORTES MISTERIOSAS DE IMPORTANTES POLÍTICOS NO BRASIL
Muitas outras mortes misteriosas de políticos e que abalaram a opinião pública brasileira.
Aqui vai um resumo, de um excelente artigo de Sergio de Vasconcellos, que pode ser lido na íntegra em http://ovelhorabugento.blogspot.com.br/2014/08/acidentes-e-atentados.html
1894 - Ildefonso Pereira Correia, Barão de Serro Azul, líder paranaense – jogado de um trem
1915 - Pinheiro Machado, senador - assassinado
1930 – João Pessoa, ex-governador da Paraíba e candidato a vice-presidente de Getúlio - assassinado
1930 – Siqueira Campos - nascido em Rio Claro/SP foi um dos principais líderes, da Coluna Prestes-Miguel Costa. Morreu em um acidente aéreo, quando retornava do Uruguai ao Brasil, em maio de 1930, antes da Revolução de 1930
1954 – Presidente Getúlio Vargas – suicídio político
1958 - Jorge Lacerda e Nereu Ramos – acidente aéreo
1958 - Marcos Santos Parentes, deputado federal do Piauí – acidente aéreo
1967 – Presidente Castelo Branco – acidente aéreo
1976 – Ex-Presidente Juscelino Kubitschek – acidente rodoviário
1976 – Ex-Presidente João Goulart - ?
1985 – Presidente Tancredo Neves - ?
1992 - Ulysses Guimarães e Severo Gomes – acidente aéreo
1992 - Edmundo Pinto, Governador do Acre – assassinado
1996 – PC Farias, principal assessor do presidente Collor de Mello – assassinado
2002 – Celso Daniel, prefeito de Santo André – assassinado
2014 – Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco e candidato a presidente – acidente aéreo
Material Visual (vídeos) no YOUTUBE:
Entenda como foi o acidente que matou Eduardo Campos
https://www.youtube.com/watch?v=CkHUI4aqvGo
Simulação do último voo de Eduardo Campos no avião Cessna 560XL - PR-AFA - Simulador Google
https://www.youtube.com/watch?v=UZPI3Fl465o
Super simulação computadorizada do acidente aéreo do Cessna 560XL - PR-AFA
https://www.youtube.com/watch?v=H-sDrHZACqg
Entrevista de Eduardo Campos TVGlobo
https://www.youtube.com/watch?v=ouEgJImNdwI
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